Estudante brasileiro consegue fabricar papel com planta
- 04/09/2023
- 0 Comentário(s)
Com o objetivo de substituir ou reduzir o uso do papel convencional, o estudante Nicolas Moreira, 16, do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC) de Salvador, unidade da rede estadual de ensino, desenvolveu um papel com fibra da espada de São Jorge, durante a oficina “Sementes da Bahia”, na qual participa no turno oposto às suas aulas regulares no Colégio Estadual da Bahia – Central, onde cursa o 2º ano do Ensino Médio. Intitulado “Papel com fibra da planta espada de São Jorge”, o projeto alcançpu uma repercussão nacional e foi apresentado na 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC),que foi realizada, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba.
A pesquisa de iniciação científica de Nicolas foi iniciada em janeiro deste ano a partir de observações práticas das características da Espada de São Jorge e os resultados são surpreendentes. “A Espada de São Jorge é uma planta herbácea que se reproduz facilmente, além de resistir a climas quentes, áridos e longos períodos sem água. Isso a torna uma opção de cultivo acessível e benéfica. A fibra dessa planta, juntamente com água, permite a produção de papel totalmente natural e resistente, utilizando equipamentos simples como liquidificador e tela de serigrafia”, explicou Nicolas, que está radiante com a oportunidade de apresentar sua invenção para estudantes de todo o país.
Por atender quesitos como simplicidade, materiais de baixo e fácil aplicabilidade, o papel sustentável e totalmente orgânico configura-se como uma tecnologia social e que pode contribuir para a preservação ambiental. A professora e orientadora do projeto, Laísa Brandão, que acompanha Nicolas em Curitiba, falou sobre a repercussão da pesquisa. “É muito importante termos soluções sustentáveis e que sejam viáveis. O papel ecológico, além de não causar impacto ambiental na sua produção, visto que a espada de São Jorge não exige muitos cuidados e nem muita água no seu cultivo, ainda se dissolve rapidamente por ser biodegradável”, afirmou.
